
Portugal registou, entre 12 e 18 de julho, 35.945 infeções pelo coronavírus SARS-CoV-2, 107 mortes associadas à covid-19 e uma nova diminuição dos internamentos.


A epidemia de COVID-19 mantém uma incidência muito elevada, embora com tendência decrescente. O impacto nos internamentos apresenta uma tendência decrescente, bem como a mortalidade específica por COVID-19. É expectável a manutenção da diminuição da procura de cuidados de saúde. Deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica da COVID-19, recomendando-se a manutenção das medidas de proteção individual, a vacinação de reforço e a comunicação frequente destas medidas à população.
• O número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 7 dias, foi de 349 casos, com tendência decrescente a nível nacional e em todas as regiões.
• O R(t) apresentou um valor inferior a 1 a nível nacional e em todas as regiões, o que indica uma tendência decrescente de novos casos.
• O número de pessoas com COVID-19 internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente revelou uma tendência decrescente, correspondendo a 19,2% (no período anterior em análise foi de 22,4%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas.
• A razão entre o número de pessoas internadas e infetadas foi de 0,16, indicando uma menor gravidade da infeção, à semelhança do observado desde o início de 2022.
• A linhagem BA.5 da variante Omicron continua a ser claramente dominante em Portugal, apresentando uma frequência relativa estimada de 95% na semana 27 (04/07/2022 a 10/07/2022). Esta linhagem tem revelado uma maior capacidade de transmissão, a qual é potencialmente mediada por mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e/ou pela sua capacidade de evasão à resposta imunitária.
• A mortalidade específica por COVID-19 (23,5 óbitos em 14 dias por 1 000 000 habitantes) apresenta uma tendência decrescente. A mortalidade por todas as causas encontra-se acima do limite superior do valor esperado para a época do ano, indicando um excesso de mortalidade por todas as causas, em parte associado à mortalidade específica por COVID-19.