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Com novos recordes na Europa, a OMM regista temperaturas extremas em glaciares.


ONU/Eskinder Debebe

A agência está preocupada com o impacto do calor no continente europeu associado ao desaparecimento da neve; especialistas acompanham com apreensão os sistemas tropicais Gert, Franklin e Harold nas Américas.


As temperaturas atingiram novos máximos no ponto de congelação da água na atmosfera, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial, OMM.


A agência revela que o novo recorde é de 5.298 metros, muito acima dos picos mais altos da Europa, incluindo o Mont Blanc, com 4.811 metros de altitude.


Ponto de congelação


A informação foi comunicada a jornalistas em Genebra pela porta-voz da agência, Clare Nullis. Ela informou que o novo valor está 115 metros acima do recorde estabelecido em 25 de julho de 2022, sendo o mais alto desde o início das medições em 1954.


A medição do ponto de congelação foi realizada por um balão meteorológico da Suíça, no pico do Payerne, no cantão de Vaud.


A OMM alerta para o impacto do calor observado este ano nas geleiras. No continente europeu, a tendência de congelação continua de forma dramática, acompanhada pelo desaparecimento da neve, como também foi observado em 2022.


Em grande parte da região, foram ativados sistemas de alerta de nível três ou vermelho de alto risco até quinta-feira.


Níveis de precipitação extremamente fortes


As previsões para metade das áreas do sul da França apontavam para temperaturas acima de 37°C, que eventualmente atingiriam um pico de 40°C a 42°C na região de Drome, no sudeste.


Os serviços de meteorologia do país emitiram alertas em 49 departamentos e o nível mais alto em outros quatro. Portugal, Itália e Croácia também emitiram alertas precoces devido ao calor.


Em regiões como a Escandinávia, os níveis de precipitação foram extremamente fortes. Na terça-feira, a Noruega emitiu mais um alerta vermelho devido às chuvas intensas em níveis que representam um risco de vida na parte sul do país.


Risco de inundações repentinas


Em 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que 61 mil pessoas morreram devido ao calor em 35 países europeus durante o verão.


A OMM informou que está a investigar o impacto das temperaturas extremas nas geleiras, mas os efeitos das ondas de calor são evidentes com a cobertura de neve presente nos pontos mais elevados da Suíça.


Efeitos das ondas de calor são evidentes com a cobertura de neve presente nos pontos mais elevados da Suíça.


A agência da ONU destaca um período de clima quente estatisticamente incomum que persiste por vários dias e noites. A linha de base atual usada para avaliar o nível extraordinário das condições atuais é o período de 30 anos de 1991 a 2020.


Ciclones tropicais no Atlântico


Fora da região europeia, grande parte do centro e sul dos Estados Unidos está sob alertas de calor excessivo emitidos em regiões de planícies centrais e no estado do Texas.


A atividade dos ciclones tropicais no Atlântico também tem aumentado e há preocupação com os sistemas tropicais Gert, Franklin e Harold.


A tempestade Franklin é acompanhada por um risco de inundações para o Haiti e a República Dominicana. O Harold deverá chegar ao sul do Texas com chuvas muito fortes e o risco de inundações repentinas, após ondas de calor extremo e secas.


Já o furacão Hilary dissipou-se, mas afetou partes do sul da Califórnia que raramente enfrentaram níveis tão elevados de chuva como os agora registados.


Na cidade de Los Angeles, todos os recordes de precipitação foram quebrados. O Vale da Morte teve o dia mais chuvoso de todos os tempos, com 55,88 mm de chuva, superando o recorde de agosto de 2022.



22.08.2023

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