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Balanço do “Rallye das Camélias 2023”

Atualizado: 13 de mar.


11.03.2023





Na primeira prova da época, a equipa Mafrense Jet Motorsport logrou chegar ao final da prova “de casa”, após melhorias feitas no carro, num caminho progressivo de evolução que se traduziu num balanço bastante positivo no final do Rali.


Mafra, 7 de Março de 2023 – A equipa do Volkswagen Corrado G60 preparado para Ralis, não teve de ir muito longe para participar na primeira prova da época. Rumando aos jardins do Casino Estoril, deram início na sexta-feira, dia 3, à primeira etapa do Rallye das Camélias 2023, a qual não chegaram a percorrer, fruto de um desafortunado incidente

com outro concorrente, que levou a que a prova fosse cancelada.


Assim, a competição iniciou-se no dia seguinte, sábado, com a especial “Sintra – Pé da Serra”, que a equipa concluiu com sucesso. Nas palavras do piloto, Cristiano Santos, foi possível validar as melhorias feitas no carro: “conseguimos ver melhorias no comportamento do carro, fruto das alterações feitas desde a época anterior. Além disso, com verdadeiros Pneus de Rally, o comportamento do carro em curva modificou-se para muito melhor, não é possível descrever por palavras as boas sensações trazidas com estas evoluções”.


O que parecia uma prova sem episódios anómalos, cedo se revelou ao contrário do esperado, com a equipa a ter de encostar no troço de ligação a Mafra, com problemas eléctricos: “foi uma situação bizarra, a meio do troço de ligação, um problema eléctrico obrigou-nos a encostar durante mais de 20 minutos, enquanto tentávamos resolver o problema com indicações recebidas pelo telefone. Assim que conseguimos resolver, foi carregar no acelerador para chegar a Mafra a tempo, o que conseguimos, tendo chegado dois minutos antes do início da PEC.”.


Mas as peripécias não se ficaram por aqui. Na PEC seguinte, um problema com a alimentação de combustível, fez com que a segunda metade da Classificativa “Tapada de Mafra” fosse feita com o carro a não poder passar das 4500 RPM.


Algo que só foi resolvido na Assistência, e que permitiu à equipa voltar à estrada da parte da tarde. Na primeira classificativa da tarde, foi possível imprimir algum ritmo, que foi sendo mantido nas últimas classificativas da tarde, tendo como corolário a entrada em Parque Fechado no final do Rali, assim concluído.


No que respeita à prova propriamente dita, e ao resultado da mesma, o piloto partilhou a sua visão, um tanto ou quanto céptica, mas resignada: “estou globalmente satisfeito com o resultado deste rali. As melhorias foram validadas, e sabemos onde continuar a trabalhar para melhorar ainda mais. Poderíamos ter ido mais longe, é um facto.


Poderíamos ter feito melhor, se calhar. Mas falta-nos ritmo competitivo, afinal o nosso último rali propriamente dito foi o Rali de Lisboa, em Junho passado. Não é fácil chegar aqui ao final de todo este tempo e pilotar como se a última prova tivesse sido a semana passada.” Em relação ao que é preciso fazer para ganhar esse ritmo perdido, Cristiano Santos

demonstra saber qual o caminho a percorrer: “tal como as outras equipas, nós precisamos de testar, de treinar, em traçados de testes cujos custos não são baratos.


O nosso orçamento é limitado, por isso acabamos a ter de testar nas provas propriamente ditas. Dito isto, por muito que o carro esteja melhor, não é fácil corresponder logo do lado de

dentro.”




Fruto de verem o carro colocado na classe acima daquela onde normalmente competem, e da desistência dos demais concorrentes nessa classe, a equipa acabou por conquistar o primeiro lugar da classe reservada aos carros de quatro rodas motrizes. Uma situação inusitada, e que o piloto caracteriza de forma mais inusitada ainda: “nós fomos

colocados na classe X3-14, reservada aos carros de tracção às quatro rodas. Uma classe onde nós sabíamos à partida não ter grandes hipóteses. Fruto de problemas nos restantes concorrentes da classe, os mesmos acabaram por abandonar, tendo nós ficado no primeiro lugar da mesma. Mas, naturalmente não vemos este prémio como uma conquista no embate contra os adversários da nossa classe, e sim como uma espécie de reconhecimento à nossa resistência e preserverança, após todas as atribulações vividas. É a memória de uma aventura vivida ao limite, de um desafio ultrapassado por toda a equipa, com especial ênfase para a de Assistência.”


A Jet Motorsport agradece aos seus parceiros e patrocinadores, por terem contribuído para mais esta presença numa prova verdadeiramente mítica.

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